terça-feira, 9 de setembro de 2008

Por Alessandro Atanes

Além de guardar os livros, as bibliotecas são elas próprias motivos para histórias: quem nunca ouviu falar sobre o incêndio da Biblioteca de Alexandria, que destruiu entre 400 mil e 1 milhão de livros em 646 depois de Cristo? Jorge Luis Borges, que chegou a ser diretor da Biblioteca Pública Nacional em Buenos Aires, escreveu que as bibliotecas são uma metáfora do universo, imagem concentrada no conto A biblioteca de Babel:

"A Biblioteca existe ab aeterno. Dessa verdade cujo colorário imediato é a eternidade futura do mundo, nenhuma mente razoável pode duvidar. O homem, o imperfeito bibliotecário, pode ser obra do acaso ou dos demiurgos malévolos; o universo, com seu elegante provimento de prateleiras, de tomos enigmáticos, de infatigáveis escadas para o viajante e de latrinas para o bibliotecário sentado, somente pode ser obra de um deus. Para perceber a distância que há entre o divino e o humano, basta comparar esses rudes símbolos trêmulos que minha falível mão gratuja na capa de um livro, com as letras orgânicas do interior: pontuais, delicadas, negríssimas, inimitavelmente simétricas."

Leia a íntegra do artigo em PortoGente.

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