o meu coração vaga em segredo
vento que ronda forasteiro sobre o mar
canta a dor das águas no dia que não mais mourejar
meu peito
todo corpo
alma / pensamento
torna ao Oceano zarpando
sem cais rondarei
navio ébrio ondeando / poeta entoarei cantos
no longe infindo onde não mais atracar
na beira do céu por ti espreitando
léguas distando de infinito a infinito
buscando / ainda terei tempo eterno
ao navegar de retorno hei de novo te achar
mais afastado tanto é o aproximar
na noite a aurora / desfio o começo
caos / cosmo : verei o princípio do mundo
fechando entre o Sangava e o Xixová
nem paragem ou porto : serei rochedo
ou galáxia / te espero em desterro
sempre em Santos ou nenhum lugar.
0 comentários:
Postar um comentário
Os comentários ao blog serão publicados desde que sejam assinados e não tenham conteúdo ofensivo.