segunda-feira, 21 de março de 2011

Alessandro Atanes

Continuo com a tradução de poemas de À espera do outono, de Javier Heraud. A série começou ontem com a chegada da estação (Destruição do verão e início do outono entre sombras). Hoje ficamos com o segundo texto do poemário, Alegria sem resposta, seguido pelo original em espanhol. Ao lado, Outono, de Alphonse Mucha.

Alegria sem resposta

Se aproxima a estação
das folhas mortas
forescendo no chão
dos anos, oh, alegria,
já é tempo de se regozijar
e de chorar um pouco antes de
sua vinda!

Assim vai acabar o verão
e assim serão feitas
as colheitas
E já nada resta,
além de começar
a escrever entre as horas.

Agora, em espanhol:

Alegría sin respuesta

Se acerca la estación
de las hojas muertas
floreciendo en el piso
de los años, oh, alegría,
¡ya es tiempo de regocijarse
y de llorar un poco antes
su advenimiento!

Así há de acabar el verano
y así han de sucederse
las cosechas
Y ya nada queda,
sino comenzar
a escribir entre las horas.

Referência:
Javier Heraud. Alegría sin respuesta. In: Estación Reunida. In: Poesía Reunida. Lima, Peru: Peisa, 2010.

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